Passaram 29 dias desde que mil e quinhentos palestinianos detidos nas prisões israelitas iniciaram uma greve de fome, em protesto contra a negação por parte de Israel de direitos básicos, consagrados no direito internacional e em várias convenções que o materializam.
Pelo acesso à assistência médica e medicamentosa. Pela não sujeição dos presos a tortura e outras formas de tratamento violento, cruel, degradante e desumano. Pelo conhecimento das acusações e sua formalização. Pela possibilidade de aceder aos respectivos processos, reunir com a defesa e receber visitas de familiares.
Perante a dimensão do protesto e a sua duração, perante o grave estado de saúde em que estes prisioneiros se encontram, é chocante a desumanidade das autoridades israelitas, que recusam a sua transferência para unidades hospitalares, mantendo-os em isolamento.
Mas é igualmente chocante o silêncio, a inacção, a indiferença cúmplice da União Europeia e das suas instituições. Sempre tão lestas a agitarem a bandeira dos direitos humanos noutras ocasiões.
Ao denunciar esta imensa hipocrisia, queremos aqui afirmar a nossa solidariedade com os presos políticos palestinianos e exigir a sua imediata libertação.