A poucos dias da eliminação das quotas existentes no comércio internacional de têxteis e vestuário, é enorme a preocupação com o futuro de milhares de empresas e mais de 2,5 milhões de trabalhadores concentrados fundamentalmente nos países do Sul da União Europeia, sector que já perdeu mais de um milhão de empregos nos últimos dez anos.
Lamento que não se tenha realizado, aqui, neste Parlamento, o debate que solicitámos sobre este problema da maior importância. É que é essencial executar medidas adequadas, e não apenas enunciar possíveis acções, para evitar o encerramento de empresas, o desemprego de milhares de trabalhadores e a ameaça de pobreza e exclusão social que paira sobre extensas zonas de forte concentração destas indústrias, como acontece em Portugal.
Daí a pergunta que mais uma vez faço:
Como irão ser tidas em conta as consequências da abolição do sistema de quotas nos países de maior concentração da indústria têxtil e de vestuário, de forma a impedir o agravamento do desemprego e defender esta indústria tão importante?