A situação de tensão no Mediterrâneo Oriental revela bem a crispação e da desestabilização que toda a região sofre, gerando uma demanda pelo controlo geoestratégico e pelo acesso a recursos naturais - neste caso os jazigos de gás natural descobertos no início dos anos 2000.
As movimentações militares, comerciais e diplomáticas, envolvendo processos de violação da soberania da Grécia e do Chipre pela Turquia, acordos bilaterais incidentes em áreas em disputa ou as diversas provocações militares que foram realizadas necessitam de uma resposta ponderada.
Essa resposta passará por condenar as provocações, sem fazer escalar a violência na região, tantas vezes martirizada pela ingerência da UE e das potências regionais; passará por pedir limites à Turquia, sem atacar economicamente as suas populações; passará por abordar as disputas territoriais, mas fazendo prevalecer o direito internacional para a sua resolução.
A resolução dos conflitos que estão na base desta tensão é essencial, designadamente o conflito do Chipre e a definição das suas águas territoriais. Votámos favoravelmente.