ontinuamos, Cimeira após Cimeira, a assistir ao agravamento da crise, sempre com a promessa das melhores decisões e das medidas capazes de " reforçar a confiança no euro e na economia europeia", como acaba de referir o Comissário Rehn.
Mas, na vida real, o que temos é o agravamento das desigualdades, do desemprego, da pobreza, a caminho da recessão económica e do desastre social, enquanto se intensificam os ataques à soberania dos países de economia mais frágeis, aos princípios mais elementares da democracia, dos direitos sociais e laborais.
Por isso, cresce a frustração com as políticas da União Europeia e intensificam-se as lutas sociais em diversos Estados-membros.
Com as medidas que propõem, designadamente a revisão do Tratado, o que pretendem é apressar a concentração e centralização do poder económico e político, para melhor servir interesses de grupos económicos e financeiros e das potências europeias, sobretudo da Alemanha, transformando os países periféricos em meros protectorados, sujeitos a autênticas relações de colonia.
É um caminho inadmissível que só pode conduzir à implosão da zona euro e da própria União Europeia.