Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Preparação do Conselho Europeu de 15 e 16 de Outubro - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE

Apesar das palavras mais ou menos emotivas sobre a crise financeira e as crises que lhe andam associadas, continuam a tardar medidas de fundo eficazes para lhes fazer frente. Mesmo quando admitem algumas medidas pontuais que recusavam há alguns meses atrás, como nacionalizações de bancos falidos devido à má gestão dos seus administradores e alguns principais accionistas, que arrecadaram os lucros e ganhos chorudos e deixaram os prejuízos para o público, fazem-no sempre na defesa do grande capital, sem ter em verdadeira conta os interesses dos trabalhadores e das populações mais carenciadas. Não vão ao fundo da questão. Não acabam com os paraísos fiscais. Não põem fim à falsa autonomia do Banco Central Europeu. Não acabam com o Pacto de Estabilidade. Não aprovam um Pacto de Solidariedade e Progresso Social.

A própria baixa da taxa orientadora do BCE é feita tardiamente, após uma cegueira que já custou muito às economias mais frágeis e às populações endividadas à banca.

Assim, estão em cima da mesa questões da maior importância que põem em causa as políticas neoliberais que deram toda a prioridade à livre concorrência, ao agravamento da exploração dos trabalhadores, ao aumento dos problemas dos micro, pequenos e médios empresários. É preciso que no próximo Conselho haja uma ruptura clara com as políticas neoliberais.

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