A grave situação económica e social em diversos Estados-membros da União Europeia devia merecer deste próximo Conselho de Junho uma atenção muito especial, uma reflexão profunda sobre as suas causas, a assunção de responsabilidades pelas políticas comunitárias, cada vez mais neoliberais, com privatizações e desvalorização do trabalho, que estão a provocar mais desigualdades sociais, maiores divergências económicas, mais desemprego, pobreza e exclusão social.
Infelizmente, indiferentes às lutas dos trabalhadores e dos povos, o que propõem é dar um carácter permanente às políticas neoliberais que já provocaram graves crises na Grécia, na Irlanda e que ameaçam Portugal e outros Estados-Membros.
O que pretendem é facilitar o caminho para a obtenção de maiores lucros do capital, maior especulação financeira, sempre à custa dos mesmos de sempre: os trabalhadores, as micro e pequenas empresas, a agricultura familiar, as populações afectadas pelas reduções em investimentos em serviços públicos essenciais.