Com uma arrogância de recorte colonial, a Comissão Europeia está a levar a cabo uma inqualificável operação de pressão e de chantagem que visa condicionar o orçamento do Estado português para 2016.
Querem perpetuar o caminho de empobrecimento, exploração e esbulho que foi seguido nos últimos anos. O caminho que o povo português rejeitou nas últimas eleições legislativas.
Sabe de uma coisa Sr. Juncker? A Constituição da República Portuguesa diz que “é da exclusiva competência da Assembleia da República legislar sobre [o] regime geral de elaboração e organização dos orçamentos do Estado”.
Acalme lá os seus burocratas.
O que está em causa neste orçamento é cumprir compromissos assumidos com o povo português; é devolver aos portugueses uma parte daquilo que lhes foi roubado nos últimos anos; é parar o caminho de afundamento do país.
Quando estes objectivos – que são justos, apesar de modestos e limitados – entram em choque com as regras e os constrangimentos da União Europeia, isso diz muito daquilo em que tudo isto se tornou: um projecto condenado e sem futuro, que não deixará saudades.