Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Preparação do Conselho Europeu de 23 de Outubro

Aproxima-se o que há muito dizemos ser inevitável: a reestruturação, com corte substancial, da dívida grega.

O país enfrenta a devastação económica e social, fruto da intervenção do FMI, do BCE e da Comissão Europeia. É evidente que o povo grego não pode mais sustentar o processo de extorsão a que vem sendo sujeito.

Seria bom, enquanto é tempo, que tirem daqui as devidas lições.

E que travem, desde já, idênticos processos em curso noutros países, como é o caso de Portugal. Com as mesmas receitas, os resultados serão inevitavelmente os mesmos!

Mais uma vez, o directório franco-alemão decide. Governos e burocracias nacionais e europeia acatam as decisões. Assim se vê quem manda e a quem serve esta União.

A recapitalização da banca, que agora preparam, será mais uma gigantesca operação de transferência de dívida detida pela banca para o sector público, isto é, para as costas dos trabalhadores e dos povos da Europa.

A resposta aí está: a luta social organizada, que se alarga e intensifica, como sucede em Portugal, com inúmeros protestos, greves e manifestações, juntando cada vez mais sectores da sociedade.

Aqui reside a possibilidade de um futuro melhor.

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