Agora que as eleições já passaram e que as juras de que a crise do euro estava ultrapassada se confrontam com a realidade e dão lugar ao reconhecimento de que a crise aí está, para lavar e durar, os povos da Europa confrontam-se com duas opções:
Ou mais do mesmo – e já aqui ficou claro que é essa a intenção quer da Comissão quer da maioria deste parlamento – ou a ruptura e a mudança profunda que se impõem. E essa mudança passa por:
- Uma discussão sobre o papel do BCE visando uma profunda alteração dos seus estatutos e orientações e da sua falsa autonomia, assim como a restituição aos Estados do poder de decisão sobre questões centrais do funcionamento das suas economias bem como o controlo do instrumento moeda;
- A criação de um programa de apoio aos países cuja permanência no Euro se tenha revelado insustentável e que preveja a devida compensação pelos prejuízos causados no quadro de uma saída negociada da moeda única;
- O início do processo de discussão visando a dissolução da União Económica e Monetária e a extinção do Pacto de Estabilidade, sendo estes instrumentos substituídos por acordos intergovernamentais entre os Estados que, de forma livre e soberana, manifestem o desejo de prosseguir no caminho da integração económica e monetária.