Portugal que Trabalha e Produz

Mesmo nas condições dramáticas da persistente política de substituição de produção nacional por importações e da financeirização da economia, prosseguidas há décadas, e em que os grandes grupos económicos procuram o conforto de actividades e sectores monopolistas e sem concorrência internacional, para além de elevadas taxas de lucro e elevados retornos, a classe operária e os trabalhadores em geral, muitos pequenos e médios empresários, quadros técnicos, engenheiros, economistas e outros, persistem em conceber, projectar e produzir em sectores e domínios muito distintos, produtos necessários ao país, alguns tecnologicamente avançados, inovadores, de elevado valor de uso, mesmo a nível internacional.
São exemplos daquilo que o país poderia e deveria ser na sua genera-lidade, caso existisse uma política económica, virada para a produção nacional, ao serviço do povo e do interesse nacional.
Temos exemplos múltiplos e diversos, seja nos sectores ditos modernos e incorporando novas tecnologias, seja nos sectores mais tradicionais.
Obviamente que tais empresas e tais produtos não podem nem devem ser apresentados como oposição ou alternativa às produções dos sectores básicos e estratégicos, absolutamente necessários ao cresci-mento, desenvolvimento e exercício da soberania, sectores produtores de uma vasta panóplia de bens intermédios, de bens de equipamento pesados e outros bens estratégicos.
É em todos e com todos eles que o país se enriquece, que o trabalho se valoriza, que os trabalhadores se realizam, que o país se desenvolve.
Operários, empregados, quadros técnicos, investigadores
Na indústria transformadora e extractiva, na agricul-tura, nas pescas, nos serviços associados à produção, na investigação e desenvolvimento científicos, são milhares de homens e mulheres que empregam a sua força de trabalho na transformação de produtos, na criação de riqueza.
Valorizando o papel dos trabalhadores, num momen-to em que estes são vítimas de uma brutal ofensiva contra os seus direitos e condições de vida, o PCP reafirma a necessidade da defesa dos direitos de quem trabalha, simultaneamente como condição e objectivo de desenvolvimento do país.

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