Cerca de setecentos utentes da saúde do Concelho de Sesimbra, pertencentes às Freguesias de Santiago, Castelo e Quinta do Conde, participaram dia 3 de Outubro, pelas 21.00 horas numa vigília de protesto contra a redução do horário de funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), que funciona desde 1 de Outubro apenas até às 22.00 horas dos dias úteis e às 16.00 horas nos Sábados, Domingos e Feriados.
Na intervenção dirigida à população descontente, o Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto Pólvora, referiu que até ao momento não existiu qualquer resposta aos contactos estabelecidos com o Ministério da Saúde e a Administração da ARS de Setúbal por parte da Autarquia. Lembrou ainda que a contratação de uma equipa de médicos externa para assegurar o horário do SAP foi uma decisão do Ministério da Saúde em 2007, depois deste ter deixado Sesimbra fora da rede de urgências, embora o Concelho cumpra os critérios para a instalação de um Serviço de Urgência Básico (SUB). Como tal, não deve ser posto em causa sem nenhum debate prévio que gere uma alternativa viável e que sirva a população do Concelho.
Também a Presidente da Junta de Freguesia de Santiago, Ana Cruz, defendeu que a população envelhecida e carenciada da Vila não tem condições económicas de se deslocar a Almada, a mais de 40 km, já para não falar do tempo que terá de esperar para ser atendida, no Hospital Garcia de Horta que cada vez tem menos capacidade de resposta.
O representante das Comissões de Utentes da Saúde do Concelho (Santiago e Quinta do Conde), Florindo Paliotes, referiu que é inadmissível o encerramento das urgências em Sesimbra a partir das 22.00 horas, quando não se construiu o Hospital no Concelho do Seixal, que também serviria a população do Concelho de Sesimbra, ao mesmo tempo que ainda não se construiu o novo Centro de Saúde da Quinta do Conde, cujas obras estão novamente paradas. É uma falta de respeito pela população de Sesimbra que promete não baixar os braços e continuar a lutar até ser garantido o atendimento permanente, de qualidade, no Concelho, ficando também o compromisso das Autarquias e da Comissão de Utentes da Saúde de continuar a luta.
Vale sempre a pena lutar!
