Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Política Externa e de Segurança Comum

Num período de aprofundamento da crise do capitalismo, aqui está mais uma demonstração em como o militarismo, a ingerência e o desrespeito pelas soberanias nacionais são a opção para a conquista de mercados e o domínio de recursos naturais e energéticos fundamentais para as grandes potências da UE.
O relatório avança com a ideia de reforço da parceria estratégica da UE com a NATO, confirmando a UE como pilar europeu desta organização e defendendo a "partilha e a mutualização" dos meios militares, com o papel principal aqui a caber à Agência Europeia de Defesa.
Num quadro em que se corta nos mais essenciais direitos dos trabalhadores e dos povos, pretende-se que a militarização da UE seja "financiada adequadamente" de acordo com as suas ambições. Depois de defender o ataque militar à Líbia, a ambição da maioria do PE é agora ir além do apoio financeiro e militar em curso aos grupos terroristas na Síria e atacar militarmente este país. Volta-se a referir a velha ambição da UE de conseguir um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU reformado - não para defender a paz mas para a operacionalização da "responsabilidade de proteger", ou seja, a implementação das chamadas guerras preventivas.

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