Esta resolução é, na sequência de anteriores sobre a Política Europeia de Vizinhança, uma confirmação do carácter cada vez mais vincadamente imperialista da UE. A postura aqui defendida é a de aberta ingerência nos assuntos internos dos países "parceiros" da UE para promover os chamados "Acordos de Associação" e "Tratados de Livre Comércio", procurando condicioná-los a aceitar os interesses das grandes potências da UE e dos seus monopólios, abdicando dos instrumentos de soberania sobre a sua economia, os seus recursos e a promoção do interesse dos seus povos. Do texto fazem parte princípios como o "mais por mais" ou o "menos por menos" que visam, como o próprio texto deixa claro, o estabelecimento de relações que nada têm que ver com os interesses específicos e mútuos dos países visados e do conjunto dos países da UE, mas antes de lhes estender o engodo da possível abertura do mercado da UE, para depois criar uma relação de dependência e posteriormente de domínio por parte do pólo mais forte, a UE.
Para atingir os objectivos visados não faltam orientações e mecanismos. Apoiar-se-ão "partidos políticos" e a "sociedade civil" (os que promoverem as políticas que defendam os interesses da UE e dos monopólios) para que estes promovam a “bondade” das políticas da UE.