Esta reforma do chamado mercado da energia e da eletricidade da União Europeia não surpreende porque, verdade verdadinha, não traz nada de novo!
Continua o caminho de aprofundamento de um mercado que serve os interesses das grandes companhias do setor energético, em vez de garantir o acesso à energia a preços acessíveis aos agregados familiares e às micro, pequenas e médias empresas.
Apesar de promover o aumento do recurso a energias renováveis, mantém o sistema de preços marginais no mercado diário, onde a tecnologia mais cara – que tem sido o gás – fixa o preço de outras formas de produção de energia. Ou seja, os preços na fatura não vão baixar mas os lucros das empresas energéticas vão continuar a subir.
O que se exigia era estabelecer como ponto de partida dos preços e margens dos combustíveis líquidos o valor do custo real de produção.
Insistimos que a política energética não deve ficar dependente de contingências de mercado. Deve, sim, estar ao serviço do desenvolvimento e do bem-estar dos povos.