Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Política comum de segurança e defesa

Os relatórios que aqui estão em discussão confirmam claramente o reforço da componente militarista - bem como as suas pretensões imperialistas e de recolonização do planeta - que foram desenvolvidas no Tratado de Lisboa , ao estabelecer que os estados-membros coloquem à disposição da União capacidades civis e militares de modo a contribuir para os objectivos definidos pelo Conselho, submetendo as políticas da UE às obrigações decorrentes da NATO, um bloco político militar ingerencista que tem ocupado países e massacrado povos ao bel-prazer dos grandes interesses económicos. Agora, vai-se ainda mais longe através do estabelecimento da mal-chamada "cláusula de solidariedade" que prevê que os Estados actuem militarmente num país não apenas se este estiver envolvido num conflito militar, mas se for, dizem, alvo de ciber-ataques ou de desastres naturais. Mas irão actuar militarmente contra quem? Com que objectivos? Este pacote de medidas vem apenas confirmar a UE como bloco político-militar militarista que, através da centralização e aumento do armamento europeu, não só renega os valores da Paz como constitui uma ameaça à liberdade e soberania dos Povos.

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