Tudo fizemos para que o resultado desta reforma fosse diferente do obtido.
A reforma que a maioria deste Parlamento se prepara para aprovar não resolverá problemas e criará outros.
Aprofunda-se o caminho da liberalização e desregulação, que nos deixa mais longe daquele que devia ser o primeiro objectivo de uma política agrícola: assegurar, em cada país, de forma sustentável, a segurança e a soberania alimentares.
Ao longo dos últimos dois anos e meio mostrámos que era possível chegar a outro resultado. As centenas de emendas que apresentámos consubstanciam esse caminho alternativo.
Defendemos, até 2020, o fim das escandalosas desigualdades nos pagamentos directos entre países e produtores – desigualdades que persistem com esta reforma.
Defendemos uma outra regulação dos mercados, capaz de assegurar preços justos à produção.
Defendemos instrumentos de regulação da produção, ajustados às necessidades de cada país e ao seu nível relativo de capacidade de produção, permitindo o desenvolvimento diferenciado dos países com défices mais elevados.
Nada acaba aqui. Continuaremos, com milhares de agricultores e suas organizações, a imprescindível luta por uma profunda modificação desta Política Agrícola Comum.