Os monopólios europeus e as potências que defendem os seus interesses, que colonizaram mercados do centro às periferias da UE, em alargamentos sucessivos, e que se lançam mundo fora com a sua conhecida e natural avidez, precisam de um Estado pronto a defender os seus interesses, a sua pulsão imperialista, a sua taxa de lucro. Contam, para isso, com as grandes potências nacionais (os seus Estados “de origem”) mas, mais do que isso, com o “superestado europeu” – a UE.
No confronto à escala global pela disputa de mercados, de matérias-primas e de zonas de influência, as potências da UE não prescindem de uma UE intervencionista e militarizada, ao seu serviço.
O “documento de reflexão” da Comissão Europeia sobre “o futuro da defesa europeia” aponta o caminho: o impulso à indústria militar, de armamento e defesa, e sua integração à escala da UE; mais cooperação nos domínios da investigação e desenvolvimento na área da defesa, do desenvolvimento de novo armamento e das operações externas civis ou militares; a estreita articulação com a NATO.
O rumo que a UE simboliza e defende para a Europa é um perigo, uma enorme ameaça para o futuro do continente e dos seus povos.