Esta resolução apoia a prorrogação e o reforço do mandato da operação da UE EUNAVFOR ATALANTA e "uma coordenação reforçada" com a operação da NATO, escamoteando as causas e as responsabilidades próprias da UE, dos EUA e da NATO nos graves problemas que enfrentam as populações da Somália e de outros países da região. A maioria do PE reitera posições militaristas e ingerencistas, para promover o domínio do grande capital e das grandes potências da UE sobre as riquezas naturais da região, nomeadamente no domínio das pescas, e sobre uma das regiões mais importantes para o comércio internacional (o Corno de África e o Golfo de Áden ligam o Canal de Suez ao Oceano Índico, ou seja, é a rota mais rápida entre a Ásia e os países europeus).
Defendemos a soberania da Somália, incluindo sobre a sua ZEE, e uma solução política pacífica para o conflito interno, livre de qualquer ingerência externa. Defendemos a retirada imediata da missão da UE e da NATO que Portugal também integra. Defendemos o direito dos povos à sua soberania e segurança alimentares, rejeitando a chamada liberalização do comércio no quadro da OMC ou de outros instrumentos como os EPA, e as políticas de ajustamento estrutural impostas pelo FMI e Banco Mundial.