A situação da pesca da sarda no Atlântico Nordeste exige uma discussão que vai além dos actuais níveis de pesca da Islândia e das Ilhas Faroé.
É a própria repartição de quotas entre os Estados-Membros que merece uma discussão séria, na base de informação actualizada sobre o estado do recurso e do respectivo stock populacional.
A evolução do stock tem levado, por exemplo, em Portugal, a uma maior abundância relativa da espécie nas águas nacionais nos últimos anos.
Pelo que a quota actual se encontra desadequada face à situação real do recurso. Como o demonstra, de resto, o fecho da quota em regra muito mais cedo do que noutros países e numa situação de comprovada abundância do recurso.
As chaves de alocação de recursos entre Estados-Membros devem acompanhar a evolução do stock e a abundância relativa de recursos em cada zona.
Só assim se evita que em nome de uma "estabilidade relativa" se imponha de facto uma estabilidade absoluta injusta e desadequada da realidade.