Armando Caldas nasceu em 1935, em Elvas.
Toda a sua vida foi dedicada à cultura, particularmente ao teatro, como ator, encenador, divulgador. Estreou-se, como ator, em 1958, no Teatro Avenida, em Lisboa, com “O mentiroso”, de Carlo Goldoni. Fundou, em 1961, com Rogério Paulo, Armando Cortez, Carmen Dolores e Fernando Gusmão, o Teatro Moderno de Lisboa, considerado o primeiro grupo de teatro independente que, atuando nos tempos do fascismo, teve uma enorme importância na renovação do teatro e na intervenção cultural. Em 1969 fundou o Primeiro Ato – Clube de Teatro, em Algés, e, mais tarde, o Intervalo – Grupo de Teatro, que funciona no Auditório Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha.
Participou em diversos filmes para televisão, nomeadamente na década de 1960.
Armando Caldas defendeu e levou à prática um teatro política e socialmente interventivo, tendo encenado os maiores nomes da dramaturgia mundial.
Membro do Partido Comunista Português desde 1956, foi também membro dos órgãos sociais do Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo.
A Assembleia da República, reunida em 15 de março de 2019, expressa o seu pesar pelo falecimento de Armando Caldas e envia aos seus familiares e ao Partido Comunista Português, sentidas condolências.
Assembleia da República, 14 de março de 2019