Faleceu, com 86 anos, na Casa do Artista, onde residia, Fernando Midões.
Natural de Lisboa, frequentou o Liceu Camões, diplomou-se em Ciências Pedagógicas pela Faculdade de Letras de Lisboa e licenciou-se em Direito, na Faculdade de Direito de Coimbra.
Trabalhou na RTP durante décadas. Participou na histórica emissão televisiva do dia 25 de Abril, tendo sido da sua autoria uma parte significativa das notícias do primeiro Telejornal em liberdade.
Dirigiu dezenas de programas da RTP, nomeadamente de Teatro para televisão.
Desde cedo, o Teatro foi a sua paixão, tendo sido um dos fundadores do Grupo Cénico de Direito da Faculdade de Direito de Lisboa, onde para além de ator, encenou algumas peças.
Iniciou a sua carreira como Crítico de Teatro, no jornal A Planície, colaborando mais tarde com o Diário Popular e o Diário de Notícias. As suas palavras ficaram por jornais e revistas (Flama, R&T, Revista Mais, Notícias da Amadora, entre outros) e em programas televisivos (Fila T) e radiofónicos sobre Teatro.
Foi membro da Sociedade Portuguesa de Autores e da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.
Em 2017, o seu espólio de críticas teatrais foi entregue ao Museu do Teatro, que o tem aberto a consulta.
Militante do PCP de 1974 até ao seu falecimento, Fernando Midões foi representante dos trabalhadores na Comissão de Trabalhadores da RTP e membro do Sindicato dos Jornalistas.
A Assembleia da República, reunida em 15 de março de 2019, expressa o seu pesar pelo falecimento de Fernando Midões e envia aos seus familiares e ao Partido Comunista Português, sentidas condolências.
Assembleia da República, 14 de março de 2019