Intervenção de

Perspectivas Financeiras com vista à reunião do Conselho Europeu de Dezembro de 2004<br />Intervenção de Sérgio Ribeiro

Quando, na viragem dos anos 80 para 90, se discutia coesão económica e social os números eram outros. Iam de 1,22 até 1,32 e ficavam em 1,27. Hoje, arredonda-se tudo para UM, mesmo que milésimas possam servir para argumentar que algo se resistiu. Quando o último alargamento trouxe a duplicação das desigualdades sociais e das assimetrias regionais, o UM tornou-se num infeliz símbolo. Quase esotérico! Quando se projecta a UNIDADE das vertentes mercantil e militarista e a UNIDADE do Pacto de Estabilidade só agrava a desUNIDADE no social e no regional, adoptar UM % nas Perspectivas Financeiras é uma forma de promover a individualidade contra a solidariedade e a coesão. Para contrariar este caminho, o nosso Grupo apresentou emendas, e foi o único!, pelo que são as únicas que dão o indispensável sinal de resistência. Fizemo-lo sobretudo contra o UM %, símbolo do que não queremos: uma Europa individualista, egoísta, de UNIDADES financeiras, mercantis, militarizadas, sem solidariedade social e sem coesão regional.Havia, claro, muito mais, e melhor, para dizer... mas apenas tenho UM minuto!

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