O Grupo Siemens está a ameaçar reduzir drasticamente a produção e o emprego nas fábricas que possui em Portugal, preparando-se para transferir parte das suas actividades para outros.
Por exemplo, na INDELMA - Indústrias Electrodomésticas, SA, situada no Casal do Marco, Concelho do Seixal, a administração da empresa já anunciou transferir para a Lituânia toda a produção de cablagens destinadas aos automóveis Renault, eliminando mais de 700 postos de trabalho.
Segundo o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, também na sua fábrica situada em Corroios, a Siemens tem vindo a desactivar o sector de fabricação de equipamentos de telecomunicações, remetendo as encomendas para a Alemanha, o que já conduziu à eliminação de 80 postos de trabalho. Situação semelhante vive-se nas fábricas de Évora e do Sabugo (Concelho de Sintra).
A verdade é que as empresas do Grupo Siemens, incluindo a INDELMA, têm registado resultados positivos e foram beneficiárias de apoios e subsídios diversos, de valor superior a um milhão de contos, e que incluiram fundos comunitários.
Coloco, pois, à Comissão as seguintes questões:
1. Se as empresas que constituem o Grupo Siemens em Portugal receberam fundos comunitários? Se sim, que verbas e ao abrigo de que programas?
2. Se a Siemens persistir na deslocalização de actividades para fora de Portugal e à consequente eliminação de postos de trabalho, vai-lhe ser exigida a devolução dos fundos comunitários que recebeu?
3. Que outras medidas tenciona a Comissão vir a tomar face a esta situação?