Intervenção de Vitor Silva, Encontro Nacional do PCP «Não ao declínio nacional. Soluções para o País»

O PCP tem apresentado ao povo açoriano as suas propostas específicas para a resolução dos problemas próprios da região

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Em nome dos comunistas Açorianos uma saudação fraternal e de luta para todo o colectivo do nosso Partido.

A difícil situação económica e social, que se vive nos Açores, tal como no País, tendo causas e responsáveis reconhecidos, tem sido utilizada para intensificar a exploração e o empobrecimento do nosso Povo.

As causas e os responsáveis pela ofensiva global reaccionária de retrocesso civilizacional levada a cabo pelo grande capital e pelos seus vassalos, tem no país como actores principais, ao longo de 38 anos de política de direita o PS, o PSD e o CDS, e nos Açores, com maior ou menor intensidade, é seguida pelo governo do PS.

No essencial o PS nos Açores materializa a opção política de desviar os fundos públicos para os grandes grupos económicos regionais, mas também nacionais, sendo este o eixo central da sua política, bem evidente nos Planos e Orçamentos da Região.

O Governo Regional insiste nesta política sabendo que com ela não irá atingir o objectivo de reduzir o desemprego. Pelo contrário, em apenas 5 anos os Açores deixaram de estar entre as Regiões do país com menos desemprego para passarem a ser a Região de Portugal com maior taxa de desemprego.

O desemprego é o maior flagelo da Região, tendo a taxa oficial de desemprego atingido os 17,7%, em 2014.

Este número fica muito aquém da realidade, considerando a quantidade de trabalhadores em ocupações temporárias, programas ocupacionais, trabalho a tempo parcial e outras situações de desemprego real.

Esta situação é agora agravada com o despedimento, imposto pela redução da presença dos EUA da Base das Lajes, ao lançar no desemprego mais de 2500 trabalhadores e com um impacto brutal na situação social e económica da ilha Terceira e da Região.

A par do aumento da pressão sobre o emprego, sobre os miseráveis salários e direitos, verifica-se o consequente aumento da pobreza e da exclusão social no Arquipélago.

Em contraposição mantêm-se os privilégios e a acumulação dos lucros e da riqueza nas mãos dos grupos económicos, aprofundando cada vez mais as desigualdades.

A evolução da economia regional mostra sinais extremamente negativos e as perspectivas para o futuro apresentam-se extremamente sombrias.

À excepção do PCP, não existe nenhuma força política que defenda mecanismos efectivos de regulação para a produção leiteira, pela revogação da extinção das quotas leiteiras, pela regulação do preço do leite, que protejam efectivamente nossa lavoura.

A extinção das quotas leiteiras terá consequências muito graves na economia açoriana.

No sector da pesca, os trabalhadores estão entre os mais sacrificados da Região.

Para além das baixíssimas remunerações, são privados de direitos laborais fundamentais que, desde há muito, caracterizam o trabalho neste sector (ainda se praticando o regime ancestral do quinhão).

O fundo de compensação salarial dos pescadores - Fundopesca não é accionado pelo Governo Regional, quando não há rendimentos por inactividade em períodos de mau tempo ou de defeso.

Para os Açores o PCP tem soluções e uma política alternativa presentes nos eixos fundamentais da política patriótica e de esquerda que o nosso partido propõe para o País.

O PCP tem apresentado ao povo açoriano as suas propostas específicas para a resolução dos problemas próprios da região.

Uma região ultraperiférica e arquipelágica para a qual propomos e temos um “Programa de desenvolvimento integrado”, com base essencial numa economia sustentada e produtiva, de progresso e justiça social.

Neste momento o PCP faz tudo o que está ao seu alcance para inverter o rumo de declínio económico e social com a prioridade de recolocar a questão dos rendimentos das famílias no centro da agenda política regional.

Apesar das dificuldades, temos um potencial de crescimento e intervenção, empenhamos-nos nas grandes tarefas do Partido, no reforço da organização e da militância, como elementos centrais para aumentar a nossa influência, intervenção, e a ligação às massas.

Neste ano de eleições para a AR e para as regionais na Madeira, aproveitamos para daqui saudar os camaradas madeirenses e porto-santenses com a nossa solidariedade e desejo de sucesso eleitoral.

Levemos a luta até ao voto, por uma grande vitória eleitoral da CDU!
Por um PCP mais forte!
Pela ruptura com a política de direita!
Por uma política Patriótica e de Esquerda!
A luta é o caminho!
Viva o Encontro Nacional do PCP!
Viva o Partido Comunista Português!

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