O PCP saúda a luta dos trabalhadores dos Centros de Contacto da PT contra os despedimentos, a precariedade e a valorização dos salários, que hoje de forma corajosa e enfrentando fortes pressões, assumiu a forma de greve.
A PT está, desde Dezembro passado, a despedir centenas de trabalhadores dos seus centros de contacto. Como o PCP havia denunciado (inclusive em pergunta dirigida à AR e ao governo que continua sem resposta), já foram mais de 170 trabalhadores que desempenhavam funções para a Oi, mas não ficou por aqui. São vários os serviços de apoio ao cliente, avarias, backoffice, entre outros, de vários centros de contacto da PT que estão a reduzir o número de trabalhadores ou a substitui-los por outros.
Esta situação só é possível pela condição contractual de extrema precariedade a que estes trabalhadores estão sujeitos, considerados pela empresa como dispensáveis.
Foram já várias vezes que o PCP confrontou o governo com a situação de trabalhadores com vínculos temporários e precários e o facto de grandes empresas, como a PT o faz, subcontratem trabalhadores através de Empresas Trabalho Temporário com o objectivo de facilmente os despedirem.
Estes trabalhadores além de salários muito baixos, vivem sempre com a instabilidade de nunca saberem o que lhes acontecerá no dia seguinte.
O PCP reafirma que a um trabalho permanente tem que corresponder um contacto efectivo de trabalho e que a precariedade, para além de acentuar a exploração, é uma ante-câmara do desemprego. O PCP apela para que os trabalhadores continuem a lutar pelos seus direitos.