Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

PCP rejeita insinuações a propósito da «Operação Influencer»

O PCP rejeita notícias que, a partir do processo que espoletou os desenvolvimentos recentes da vida política nacional, visam envolver o PCP a partir de alegada intervenção e influência de Diogo Lacerda Machado designadamente no negócio da Start Campus.

Os contactos que o PCP teve com a empresa referida decorrem de solicitação formal de encontro por parte da mesma junto do Grupo Parlamentar e do PCP, tendo sido recebida no plano estritamente institucional como é prática normal. Relativamente à pessoa referida – Diogo Lacerda Machado – não se conhece participação junto do PCP. 

É fantasiosa a ideia de um alegado poder que o PCP deteria para desbloquear um processo num município em que detém 1 em 7 vereadores, dispondo o PS de maioria absoluta. Ou ainda quanto à intervenção junto de uma técnica superior do município de Sines que não é membro do PCP e não tem qualquer compromisso ou ligação com o Partido. 

Os investimentos em curso na área de Sines, que devem inserir-se sempre no aproveitamento das potencialidades nacionais ao serviço das populações e do País, têm merecido reservas do PCP tendo em conta nomeadamente  impactos sociais e ambientais: ausência de um adequado planeamento; respostas dos serviços públicos e na habitação; desmantelamento da capacidade industrial instalada; mobilização de recursos públicos para a produção de hidrogénio sem garantias de real utilidade para o País; ou liberalização e privatização da actividade portuária.

Questões levantadas pelo PCP, também no caso da Start Campus, nomeadamente as associadas aos elevados consumos de energia e água.

A posição do PCP sobre este processo está aliás traduzida, em matérias essenciais, nas reservas expressas pelo voto do vereador da CDU contra 4 Projectos de Interesse Nacional (PIN) no quadro  do qual este investimento se insere, e na abstenção no Plano de Expansão da Zona Industrial destinada a acolher a empresa referida. 

Quaisquer outras ilações que se pretendam retirar são absolutamente infundadas e por isso veementemente rejeitadas.