Na cidade da Matola, arredores de Maputo, a FRELIMO realizou o seu XI Congresso, entre os dias 26 de Setembro e 1 de Outubro. Sob o lema “Unidade, Paz e Desenvolvimento”, o Congresso contou com a presença de 2250 delegados e mais de 1200 convidados, que encheram por completo o Pavilhão da Escola Central do Partido.
Ao longo dos trabalhos do Congresso e com um elevado número de intervenções, os delegados discutiram com profundidade os vários documentos apresentados – Relatório do Comité Central, Estatutos e Programa do Partido –, discussão que culminou muitos meses de um sério debate das Teses, desde as células de base às organizações distritais e provinciais da FRELIMO, e às suas organizações de juventude (OJM) e de mulheres (OMM).
O Congresso decorreu em ambiente de alegria, pleno de entusiasmo e confiança na consolidação da Unidade Nacional, da Paz e do Desenvolvimento, num quadro de uma muito difícil situação económica e de uma paz ainda precária, num país com grandes recursos e potencialidades. As intervenções do Presidente e de outros dirigentes históricos do Partido fizeram apelo ao empenhamento dos militantes nas acções que visam preservar a paz e a unidade nacional e no trabalho com vista ao aumento da produção e da produtividade, como forma de acelerar o processo de desenvolvimento económico e social do país.
O Congresso debruçou-se igualmente sobre a necessidade do reforço do Partido, tendo em vista os desafios eleitorais nos próximos dois anos, 2018 e 2019, respectivamente com a realização das eleições autárquicas e das eleições gerais.
Nos últimos dias do Congresso, foram eleitos pelos delegados o Comité Central e os seus órgãos executivos e o Presidente do Partido, e actual Presidente da República de Moçambique, o camarada Filipe Jacinto Nyusi.
Estiveram presentes delegações de Cuba, Vietname, China, OLP, Frente Polisário, FRETILIN, entre outras, num total de vinte e quatro delegações internacionais.
O PCP esteve representado pelo camarada José Neto, que usou da palavra para dirigir uma saudação ao Congresso, onde valorizou o papel da FRELIMO ao serviço do seu povo, lembrou a aliança histórica do PCP e da FRELIMO na luta comum contra o fascismo e o colonialismo, e manifestou o desejo de reforço das relações de amizade e cooperação entre os dois Partidos. José Neto teve oportunidade de salientar ainda que “a construção do Moçambique soberano, próspero e pacífico e de uma paz efectiva e duradoura que aponta a FRELIMO, é uma valiosa contribuição para o processo libertador dos povos da África Austral e de todo o continente africano”.