Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Comício CDU

«O PCP levará à discussão e votação um conjunto de propostas visando a redução dos preços da energia e dos combustíveis»

«O PCP levará à discussão e votação um conjunto de propostas visando a redução dos preços da energia e dos combustíveis»

Amigos e camaradas:

As minhas cordiais saudações a todos vós e por vosso intermédio aos trabalhadores e ao povo de Santarém.

Permitam-me uma saudação especial nas pessoas dos candidatos da nossa Coligação à presidência da Câmara de Santarém e Assembleia Municipal, respectivamente, André Gomes e Rita Correia, a todos os candidatos da CDU aos órgãos municipais e freguesias, desejando-lhes um bom trabalho e êxitos!

Estamos nesta importante batalha eleitoral com candidatos com experiência e provas dadas na defesa dos interesses das populações, conhecedores da realidade, dos problemas e dos desafios que se colocam ao desenvolvimento deste concelho.

As pessoas conhecem-nos e sabem o que representamos, sabem que aqui na CDU reside gente dedicada, empenhada em servir as populações sem nada esperar que não seja a satisfação do dever cumprido.

A CDU é uma força que não só vale pela qualidade e provas dadas pelos seus eleitos, pela usual entrega e elevada disponibilidade dos seus candidatos para servir as populações, mas também e, essencialmente, pelo seu projecto distintivo – o reconhecido projecto da CDU -, assente no trabalho, na honestidade e na competência, como solução e força alternativa a qualquer das outras forças políticas que se apresentam às eleições neste concelho.

Sobre Santarém e o que a CDU representa enquanto projecto, as soluções e respostas que se impõem, o de mais essencial e importante ficou dito, pelos nossos primeiros candidatos aos órgãos municipais.

Acrescentaria apenas uma questão que a vida tem demonstrado ser verdadeira.

No executivo municipal de Santarém tem faltado uma voz em defesa das populações! Uma voz que é preciso fazer regressar, tão mais importante quanto mais forte for a expressão da sua presença no executivo municipal.

Uma voz para apresentar soluções e propostas para responder aos problemas. Uma voz para garantir a transparência, o rigor e a legalidade no funcionamento dos órgãos. Uma voz para fazer ouvir os direitos das populações perante a autarquia e o governo.

Falta no executivo municipal uma voz que defenda o direito à mobilidade e ao transporte das populações hoje carentes de soluções. Uma voz que se oponha ao ataque aos serviços públicos ou à desresponsabilização do Estado na resposta aos problemas do concelho e desta região.

Que proponha e exija respostas ao nível da habitação que enfrentem a especulação e garantam casas a custos controlados, compatíveis com os salários e pensões da população.

Que assegure a defesa e salvaguarda do património histórico, reforçando o papel que a CDU vem assumindo, nomeadamente na defesa do mercado municipal e do património nele inscrito.

Uma voz com que a população conta para ver devolvidas as freguesias roubadas ao povo, com o que isso significa de empobrecimento da proximidade e capacidade de resposta aos problemas das populações.

Liquidadas por PSD/CDS em 2013 ainda não será no dia 26 que serão devolvidas as populações as freguesias roubadas.

Se nestas eleições se volta a adiar essa reposição, se no dia 26 não se vão eleger os órgãos dessa autarquias é porque o PS tudo fez para manter o que PSD e CDS haviam consumado.

Se as populações de Vaqueiros e Casével, de Vale Figueira ou de São Vicente do Paúl, por exemplo, entre outras deste concelho, não terão as suas freguesias repostas é porque o PS não honrou as promessas que andou a fazer durante estes anos.

Uma voz insubstituível porque identificada, próxima e conhecedora da vivência e aspirações das populações.

Essa voz é a CDU.

Santarém precisa de vereadores da CDU que tenham presente na sua acção as preocupações e os problemas de todos os que cá vivem e trabalham. Está nas nossas mãos empreender uma campanha de esclarecimento e mobilização que nos permita alcançar este objectivo e que abra as portas a um futuro de confiança.

Nós estamos convictos que as populações deste concelho vão apoiar e reforçar a CDU, com mais mandatos e mais votos, porque sabem que esta é uma força que não deixa dúvidas quanto ao sentido e rumo da sua intervenção na defesa do interesse público e das populações.

Uma força que impulsiona e se bate pela concretização de uma gestão integrada que assegure a construção de espaços urbanos humanizados, ambientalmente equilibrados e dotados dos equipamentos e dos programas para a sua utilização e animação indispensáveis a uma vida social e colectiva.

Que fomenta uma política local visando assegurar a valorização cultural e desportiva das populações.

Que dá uma distinta atenção aos problemas sociais. Que toma com particular atenção as crianças, os jovens, os idosos, os mais desfavorecidos.

Somos claramente uma força com uma intervenção distintiva na representação dos interesses populares, garantindo sempre uma particular atenção aos direitos dos trabalhadores e, em particular, pelo papel directo que nos compete à valorização dos trabalhadores das autarquias.

No apoio e solidariedade activa com todas as suas lutas por melhores salários e a valorização das carreiras e profissões e agora, como mais uma vez se comprova, com a aplicação do Suplemento de Penosidade e Insalubridade, consagrado pela acção e proposta do PCP.

Sim, a CDU é uma força distinta que concebe a sua intervenção no Poder Local para a resposta aos problemas das populações, exigindo a descentralização do poder, designadamente por via da regionalização.

Em maioria ou em minoria, não deixamos de intervir e propor, somos determinados e persistentes, não deixamos de lutar por uma medida se a sabemos justa e necessária.

Sim, somos, de facto, uma força de intervenção e luta, com um projecto distintivo e alternativo.

Caros amigos, camaradas:

A eleição de mais candidatos da CDU em 26 de Setembro é a garantia, em cada freguesia e concelho, de um trabalho ao serviço das populações e de uma resposta aos seus problemas.

É esse o objectivo directo destas eleições.

Mas hoje está cada vez mais claro que não são só as freguesias e os concelhos deste País que ficam a ganhar com a intervenção e o reforço da CDU e da sua gestão.

É o País que precisa do trabalho, da honestidade e da competência do PCP e da CDU para melhor defender os interesses dos trabalhadores e do povo, num período onde pesam agravados problemas económicos e sociais.

Nestes últimos tempos os portugueses puderam verificar quão importante é ter esta força consequente que se congrega na CDU.

Tem sido a sua intervenção e acção, juntamente com a luta dos trabalhadores e das populações que tem permitido nestes tempos difíceis para o nosso povo, conter e minimizar uma degradação maior das condições de vida.

Foi pela acção e intervenção do PCP que foi possível assegurar o pagamento por inteiro dos salários aos trabalhadores em Lay-off desde o princípio do ano; garantir a 200 mil pessoas abrangidas pelos apoios dirigidos aos trabalhadores independentes e outras pessoas sem proteção social, mas também a mais de 50 mil trabalhadores desempregados que viram o seu subsídio de desemprego prolongado.

Foi pela acção do PCP que cerca de 20.000 crianças ficaram abrangidas pela gratuitidade das creches.

Foi pela acção, intervenção e trabalho do PCP que no presente ano um milhão e novecentos mil pensionistas conseguiram ter aumentos de pensões.

O PCP tem apresentado soluções que, a serem adoptadas, responderiam à dimensão dos problemas nacionais e das desigualdades e injustiças que persistem.

Tem sido o caso das inúmeras propostas para melhorar direitos laborais, para prolongar moratórias bancárias e defender inquilinos e pequenos e médios empresários das consequências de previsíveis incumprimentos, ou a proposta para fixar um regime máximo de preços de combustíveis e energia.

Em relação a esta matéria dos preços da energia, pela sua actualidade e preocupação não podemos aceitar a naturalidade com que querem impor o aumento dos preços da energia.

Os lucros escandalosos das grandes empresas electroprodutoras parece que são um “direito adquirido”, incontestável, independentemente dos fortes impactos na vida dos portugueses e do tecido económico nacional.

Sabemos quem preparou o caminho para que a EDP e outros grupos económicos ficassem com a faca e o queijo na mão.

Por mais que assobiem para o ar, foram PS, PSD e CDS os responsáveis pela privatização e liberalização das empresas públicas de electricidade e criação de um sector fortemente oligopolizado.

Foram os mesmos que se empenharam na criação de mercado grossista ibérico garantindo as margens de lucro das multinacionais que operam no sector.

Foram os que impuseram ao lado da troika estrangeira o aumento da taxa do IVA sobre a energia para 23% e que sucessivamente têm impedido a sua reposição nos 6% como há muito o PCP tem vindo a propor.

E são os que agora, querem impor uma transição energética a mata-cavalos, sem qualquer consideração sobre os impactos nos preços da energia, na indústria e no desenvolvimento do País, mas garantindo sempre vultuosos rendas e lucros a meia dúzia de grandes grupos capitalistas.

Não é aceitável que estas subidas resultantes das opções da política energética de governos PS, PSD e CDS, continuem a não ter resposta em medidas governamentais que travem o desastre em curso e travem qualquer subida das tarifas.

Para o PCP o que se impõe é a continuação da sua descida, nomeadamente da tarifa regulada e o governo tem instrumentos para o fazer.

Neste sentido, o PCP levará à discussão e votação na Assembleia da República na próxima semana um conjunto de propostas visando a redução dos preços da energia e dos combustíveis, abrangendo a electricidade, o gás de botija e os combustíveis.

Camaradas:

O PS teve toda a oportunidade para encetar uma política alternativa. Não o fez porque são outros os seus compromissos.

Mesmo quando pela intervenção do PCP foi obrigado a dar passos e resposta a alguns problemas fá-lo contrariado, resistindo à solução dos problemas.

Na saúde, por exemplo, tardam medidas por parte do Governo, há muito identificadas, de reforço do Serviço Nacional de Saúde, particularmente a falta de profissionais.

Essa falta de profissionais de saúde vê-se no País e aqui também. Vê-se nos atrasos de centenas de consultas neste concelho nos centros de saúde.

Vê-se na dimensão de utentes sem médico de família. São 21 600 utentes no ACES Lezíria.

Acresce que nos últimos tempos tem sido noticiada a saída de profissionais, particularmente médicos e enfermeiros, do Serviço Nacional de Saúde em algumas unidades de saúde no País.

São profissionais que têm visto os seus direitos serem postos em causa com a destruição do vínculo público, a degradação das carreiras profissionais, a desvalorização profissional e salarial, o que tem levado milhares a saírem para o sector privado, ou a procurar no estrangeiro alternativas de emprego.

Os arautos do privado na saúde, sabem que é pela desvalorização dos profissionais do SNS, das suas carreiras e dos seus salários, que podem inviabilizar o funcionamento de uma parte das unidades do serviço público.

Ao Governo exige-se que clarifique a sua posição face ao SNS, afastando-se daqueles que tudo fazem para o destruir, tomando as medidas há muito reclamadas pelo PCP.

É fundamental, entre outras medidas:

-Proceder urgentemente à contratação de mais profissionais de saúde, nomeadamente de médicos, enfermeiros, técnicos superiores, assistentes técnicos e operacionais;

-Preencher as necessidades permanentes nos serviços integrando-os em contratos de trabalho com vínculo público efectivo à função pública;

-Melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde, bem como adoptar medidas de valorização das carreiras e salários destes trabalhadores.

Sim, é preciso defender o Serviço Nacional de Saúde e isso faz-se valorizando profissionalmente também os seus trabalhadores.

Há muitas batalhas a travar para garantir o que o País precisa.

O País precisa de avançar. Precisa de superar os problemas acumulados em resultado de décadas de política de direita e que hoje se encontram agravados.

Mas precisa também de dar resposta a problemas mais imediatos com outras soluções e outra política para responder a outros problemas que marcam e pesam negativamente na vida dos trabalhadores e do povo.

Desde logo para assegurar respostas emergentes como a do aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, do salário médio, tal como a valorização das carreiras, o aumento do Salário Mínimo Nacional para 850 euros, o combate à precariedade ou à desregulação de horários de trabalho.

Para garantir a inadiável valorização das pensões e reformas de todos quantos descontaram, incluindo acima dos 658,20 euros.

Para assegurar uma rede de Lares e o apoio efectivo aos idosos, às suas famílias e cuidadores.

Para garantir um reforço de investimento nos serviços públicos, na educação ou na cultura, domínios que exigem assumir despesa estrutural que dê estabilidade e futuro à Escola Pública, às universidades, às estruturas e entidades culturais e aos seus milhares de trabalhadores.

Uma outra resposta e uma outra justiça fiscal que desagrave os impostos sobre os trabalhadores de mais baixos rendimentos.

Uma outra resposta para garantir creches gratuitas para todas as crianças, como há muito defendemos e que reclama uma opção de financiamento que dê prioridade ao apoio às crianças e famílias.

Estes são, entre outros, combates em que estamos empenhados e essa é uma razão acrescida para apoiar a CDU que é sem dúvida a grande força de esquerda no Poder Local.

Sim, é para dar força à luta por tudo isto que mais autarquias, mais eleitos, mais votos na CDU são um contributo para poder dar novos passos com novas soluções para dar resposta aos problemas do País, dos trabalhadores e do povo.

Estimados amigos e camaradas:

Quem nos conhece sabe que pode contar connosco, com o empenhamento dos nossos eleitos e a sua dedicação ao serviço das populações e do desenvolvimento.

Por isso, dizemos que a CDU vale a pena! Que o voto na CDU é o voto mais seguro e certo para dar expressão e força à promoção do desenvolvimento deste concelho de Santarém.

Sim, o voto na CDU é o voto para reforçar a mais consequente e combativa força de esquerda no poder local e no plano nacional, que tem soluções, faz propostas e luta pela sua concretização.

O voto que acrescenta força à luta dos que aspiram a uma outra política no plano nacional!

Em 26 de Setembro, vamos dar mais força à CDU, porque a CDU vale a pena!

Viva a CDU!

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