Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

PCP condena repressão israelita contra o povo palestiniano

PCP condena repressão israelita contra o povo palestiniano

O PCP condena a criminosa ofensiva do exército israelita contra a população palestiniana, especialmente em Jerusalém. Repudia particularmente a brutal repressão, com uso de fogo real, contra manifestações pacíficas que já provocou pelo menos três mortos e várias dezenas de feridos, alguns em estado grave.

A tentativa de Israel de impôr novas medidas que restrigem o acesso à Esplanada das Mesquitas viola o ordenamento reconhecido internacionalmente para a gestão daquele espaço e insere-se numa campanha mais vasta, que procura tornar irreversível, pela criação de factos consumados, da ocupação ilegal de Jerusalém Oriental. No plano do direito e da legalidade internacional, Israel é potência ocupante o que significa que são ilegais e ilegítimas todas as decisões que impeçam o livre acesso a esses lugares e que introduzam alterações irreversíveis na paisagem.

O dia de protesto convocado para a passada sexta-feira, no qual milhares de pessoas ocuparam as ruas nas cidades da Margem Ocidental para oração, em solidariedade com os palestinianos impedidos de aceder à Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, constituiu uma vibrante jornada de afirmação da dignidade de um povo e uma demonstração da sua inesgotável vontade de resistência contra o avanço da ocupação.

O PCP expressa a sua solidariedade para com o Povo Palestiniano, para com as forças progressistas e o movimento de resistência nacional palestiniano na sua luta contra a ocupação e na defesa da liberdade religiosa e do direito de livre acesso aos locais de oração.

O PCP reclama do Governo e dos Órgãos de Soberania em Portugal uma posição que, em consonância com a Constituição da República Portuguesa e os princípios do direito internacional, condene o Estado de Israel por mais este crime contra o povo palestiniano, exija o levantamento imediato de todas as restrições ao acesso à Esplanada das Mesquitas e ao livre exercício do direito de liberdade religiosa, e reafirme a exigência do fim da ocupação e do respeito pelos direitos do povo palestiniano à constituição de um Estado livre, viável e soberano, com Jerusalém Leste como sua capital.

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