A vaga de brutal repressão contra o povo palestiniano, que é acompanhada pela escalada de bombardeamentos por parte de Israel contra a Síria, o Líbano e a sitiada Faixa de Gaza, só pode merecer a mais firme denúncia e condenação.
A repressão das forças de segurança israelitas contra centenas de palestinianos no interior da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, no início deste mês de Abril, é um acto provocatório que deve merecer o repúdio pelo Governo português.
A repressão no Complexo da Mesquita de Al-Aqsa, as provocações de extremistas sionistas que as acompanharam inserem-se num quadro de escalada da violência por parte do novo Governo israelita, que entregou o controlo das forças repressivas de ocupação na Margem Ocidental aos seus membros mais extremistas e fascizantes. Desde o início deste ano já foram mortos pelas forças de ocupação israelitas cerca de uma centena de palestinianos.
Esta escalada da violência israelita, para além de representar o prosseguimento e acentuação da permanente política de negação dos direitos inalienáveis do povo palestiniano, representa também uma clara tentativa de desviar as atenções da enorme contestação de que é alvo o Governo de Israel, com centenas de milhar de israelitas a manifestarem-se na rua desde há catorze semanas consecutivas.
A continuação e incremento da política de violência do Governo de Netanyahu terá graves consequências, incluindo o perigo de um conflito generalizado em todo o Médio Oriente. É urgente o fim aos sistemáticos actos de guerra de Israel contra a Faixa de Gaza e os países da região. É urgente pôr fim à política de ocupação e repressão de Israel contra o povo palestiniano. É urgente o fim da política de conivência e tolerância do Governo português e da União Europeia para com a criminosa política sionista do Governo israelita.