O PCP condena a escalada de violência e provocações levadas a cabo nos últimos dias pelo Governo israelita e por grupos de colonos israelitas armados contra a população palestina.
As incursões de grupos sionistas em torno da mesquita de Al-Aqsa prosseguem impunemente, assim como as tentativas de expulsão das populações palestinas de bairros de Jerusalém, nomeadamente o bairro de Sheikh Jarrah. Tais acções, concertadas entre o Governo israelita e grupos extremistas, integram a estratégia de anexação de Jerusalém Oriental, tornando ainda mais difícil a construção do Estado Palestino como previsto nas relevantes resoluções da ONU.
A violência, repressão, perseguição e destruição indiscriminada de propriedade de palestinos verificam-se em todo o território assim como a expansão e construção de novos colonatos israelitas.
Israel continua a recorrer à prisão administrativa de membros da resistência palestina ao mesmo tempo que agrava o bloqueio a Gaza, território que vive uma das mais graves crises humanitárias do mundo.
A impunidade da acção de Israel contra a Palestina e a sua população, a sistemática agressão e violação do Direito Internacional só são possíveis com a conivência e apoio objectivo dos Estados Unidos da América e da União Europeia. Neste sentido o PCP denuncia e manifesta a sua profunda preocupação com notícias de que o Reino Unido estaria a planear transferir a sua embaixada em Israel para Jerusalém, decisão que a concretizar-se seria mais um sinal evidente de apoio à política e projectos de Israel.
O PCP considera que o Governo português deve assumir, de acordo com os princípios da Constituição da República, no cumprimento da Constituição da República, uma posição clara de defesa e concretização do direito do povo palestiniano a um Estado independente, com as fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental e com a efectivação do direito ao retorno dos refugiados.
O PCP apela à solidariedade para com a luta heróica do povo palestiniano, pelos seus inalienáveis direitos nacionais e, no imediato, pela libertação dos milhares de presos políticos palestinos nas prisões israelitas, o fim do bloqueio da Faixa de Gaza e das provocações e violência contra o povo palestino, nomeadamente em Jerusalém.