Em reunião com associações de defesa do Património, foi-me relatada a situação demasiado frequente de destruição de património arqueológico para exploração de terrenos agrícolas. Se, em alguns casos, essa destruição é intencional (como aconteceu recentemente com a destruição de uma anta para produção de amendoal, em Évora, ou de uma ponte romana, na Cuba, ou ainda da villa romana de Pisões, Beja) e o lucro sobrepõe-se ao património, há casos em que isso ocorre por desconhecimento dos proprietários, o que revela que é preciso fazer um levantamento arqueológico exaustivo.
Só assim os pequenos proprietários reconhecem valor aos monumentos encontrados e podem compatibilizar a actividade agrícola com os achados arqueológicos. Por outro lado, esse património, porque é conhecido, passa a ser valorizado e preservado.
Face ao exposto, pergunto:
Que tipo de apoios podem ser alocados para o levantamento arqueológico, e posterior tratamento, sobretudo em territórios onde já são conhecidos inúmeros vestígios?
Em articulação com os Estados-Membros, que acções de sensibilização podem ser levadas a cabo junto da população para que reconheça o valor patrimonial destes monumentos e se envolva na sua preservação?
Estaria a Comissão disposta a financiá-las?