O capitalismo revela-se incapaz de assegurar as necessidades mais básicas de milhões de seres humanos à escala mundial, sendo que as pessoas pobres são as mais atingidas e, entre estas, as mulheres.
É nosso entendimento que um desenvolvimento sustentável, assente numa relação sustentável entre o homem e a natureza, e aqui defendido, não é possível sem rupturas, isto é, sem pôr em causa o sistema capitalista que explora a natureza com o objectivo do lucro. Estamos de acordo com o relator quando afirma a necessidade de alterar o sistema económico de forma assegurar um ritmo de exploração dos recursos naturais que permita a recuperação e novas produções. Acompanhamos ainda o relator na necessidade de implementar medidas que promovam a igualdade entre homens e mulheres, de reforçar a rede de transportes públicos locais, através da quantidade e da qualidade, de criar mais infraestruturas de acolhimento de crianças e lares de terceira idade, de garantir o acesso a serviços de segurança social, educação e habitação dignos.
Consideramos que os EM devem criar condições políticas, económicas e sociais que permitam a participação das mulheres em pé de igualdade com os homens em todas as esferas da vida, incluindo na chamada "economia verde", mas não acompanhamos medidas como a instauração de quotas.