É preciso uma leitura muito segmentada e enviesada da Carta das Nações Unidas para considerar que a União Europeia partilha os seus valores e princípios, como faz este relatório.
Os exemplos são inúmeros. Desde logo, o que dizer das agressões militares activamente promovidas e levadas a cabo contra países soberanos, violando a sua independência e integridade territorial, como aconteceu nos casos do Iraque, da Líbia ou da Síria, entre outros?
Dois exemplos – que este relatório não aborda – sobre o papel desempenhado pela União Europeia na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde, fique claro, a União Europeia não deve ter assento:
Primeiro. A discussão sobre a instituição de um Quadro Multilateral para a renegociação das dívidas soberanas, uma questão da maior importância para vários Estados-Membros da UE. Que faz a UE? Boicota a discussão e o seu resultado.
Segundo. A resolução sobre o direito à água e ao saneamento, encarado como um direito humano. Que faz a UE? Boicota a resolução e persiste no caminho da privatização da água, que vem sendo prosseguido em vários países, nalguns casos em resultado de imposições da própria UE.