A Europa assinou recentemente em Paris um acordo climático, estabelecendo uma meta de 1,5ºC para o aquecimento global do planeta. Depois de terem sido retiradas do Acordo do Paris as referências ao setor da aviação, no que respeita ao esforço de redução de emissões, a ICAO declarou publicamente que iria avançar com medidas climáticas ambiciosas, através de um padrão de eficiência energética a aplicar para os novos modelos de aeronaves.
Existem no entanto suspeitas de que a ICAO está a sofrer fortes pressões da parte da Airbus, estando alguns decisores políticos europeus a iniciar negociações para reduzir o nível de ambição deste padrão de eficiência, o que poderá resultar num acréscimo de 400 megatoneladas de emissões de CO2 possíveis de evitar, entre 2020 e 2040.
A aviação é responsável por cerca de 5% das emissões responsáveis pelo aquecimento global, num quadro em que o tráfego aéreo está a crescer 5-6% ao ano e a ICAO prevê que as emissões globais da aviação irão triplicar até 2050.
Pergunto à Comissão Europeia se confirma estas notícias e que atitude pensa tomar face a uma possível revisão em baixo as exigências ambientais da aviação civil em termos de emissão de CO2.