A proposta do Conselho para o orçamento 2013 é vergonhosa, inaceitável e flagrantemente contraditória com o discurso da solidariedade, com a toda a propaganda em torno do crescimento e coesão.
Os cortes indiscriminados propostos pelo Conselho, é bom lembrá-lo, partem da pressão de países que se contam entre os maiores beneficiários do mercado único e das políticas comuns.
Se é verdade que este relatório é crítico da posição do Conselho, não é menos verdade que este Parlamento, em anos anteriores e face a idêntica postura do Conselho, sempre acabou por dar o seu acordo a orçamentos igualmente inaceitáveis.
Nas propostas de alteração que apresentámos, quer ao orçamento, quer a este relatório, demonstrámos que existem alternativas.
A crise que vivemos exige aumento substancial do orçamento e o acentuar da sua função redistributiva; mais dotações para o Fundo de Coesão e Fundos Estruturais.
Mais verbas para apoiar a actividade produtiva, em especial nos países que enfrentam mais dificuldades, a criação de emprego com direitos, a luta contra a pobreza e a exclusão, a investigação e desenvolvimento, a protecção do ambiente. Menos recursos para o intervencionismo externo, a repressão da imigração, o militarismo e a propaganda institucional.