Não há dúvida de que esta operação, de âmbito claramente militar e sob
o chapéu da ONU, visa concretizar o conceito estratégico
intervencionista e militarista da PESC/PESD da União Europeia.
Para alguns, esta operação militar apresenta-se como um verdadeiro
teste à dita "credibilidade" e operacionalidade da dita "Política
Europeia de Segurança e de Defesa" da UE, ou seja, da sua militarização
sob o comando e segundo os interesses das suas grandes potências.
A maioria do PE aprova o "mandato" para esta acção militar da UE, que
inclui o "recurso à força" - no âmbito do Artigo VII da Carta da ONU -,
numa região de África. Trata-se de um acto de ingerência e de
"presença" militar com ambições neocolonialistas, uma verdadeira
operação de guerra, numa região caracterizada pela sua complexidade e
onde estão em causa grandes interesses ligados ao controlo dos imensos
recursos energéticos.
As reais razões que estão na origem de tanto "interesse" por esta
região por parte das grandes potências da UE, nomeadamente da França,
são directamente proporcionais aos resultados das prospecções
realizadas, que apontam para a existência de grandes jazidas de
petróleo e de outros recursos naturais.
O Congo, o Chade e a República Centro-Africana. Quem se seguirá?