Na manhã de quinta-feira, dia 9, Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, acompanhou João Ferreira, candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, naquela que foi considerada a maior arruada alguma vez realizada pela CDU [e por outros forças políticas] na Avenida da Igreja.
«CDU, vota em gente como tu» e «Somos muitos, muitos, mil, em Lisboa, por Abril» deram o tom a um percurso cheio de energia, cor e confiança, com centenas de activistas e candidatos da Coligação PCP-PEV, entre os quais Sofia Lisboa, primeira candidata à Assembleia Municipal, Ricardo Varela, candidato à presidência da Junta de Freguesia de Alvalade, e Francisco Lucas Mendes, mandatário.
Em contacto com trabalhadores municipais, comerciantes e moradores, Paulo Raimundo e João Ferreira ouviram preocupações e apresentaram propostas para uma Lisboa mais justa, acessível e sustentável. Entre as medidas destacam-se a construção de 5 000 habitações a custos acessíveis, o fim dos voos nocturnos na Portela, mais limpeza e higiene urbana, duplicação do investimento na Carris, criação de uma linha em laço do Metro, gestão pública das cantinas escolares e valorização dos trabalhadores municipais.
Ninguém fica de fora
No final, João Ferreira sublinhou que «quando se trata de mobilizar as pessoas para a transformação que desejam ver na cidade, não há territórios indisputáveis, ninguém fica de fora. Falamos com todos, contamos com todos e estamos felizmente a receber muitas manifestações de apoio de todos os lados». Mas acrescentou que, até domingo, «precisam de ser mais aqueles que resistem à chantagem e que vão ao encontro da transformação que querem ver na cidade das suas vidas».
Respondendo à pergunta dos jornalistas sobre com quem vai a CDU falar no dia seguinte às eleições, Paulo Raimundo assegurou que será com «os moradores dos bairros, com todos aqueles que enfrentam o drama da habitação, com os comerciantes, com os jovens que precisam de se fixar na cidade, com os homens e mulheres do movimento associativo, das colectividades, com os utentes dos transportes, com aqueles que são gente como nós — e nós somos gente como eles».
«Aqui nesta força [a CDU] não há mentira, não há demagogia, não há ódio, não há pressão, não há chantagens. Aqui há confiança, há entusiasmo e há esperança de que é possível construir uma cidade melhor», concluiu.