A visita de Ariel Sharon com uma força de 3 mil soldados à esplanada das mesquitas em Jerusalém Oriental, no momento preciso da oração islâmica, constituiu uma frontal provocação ao povo palestiniano, aos muçulmanos de todo o mundo e à paz.
À esperada manifestação de repúdio por parte dos palestinianos respondeu o governo israelita de Ehud Barak com tanques, helicópteros e mísseis, causando dezenas de mortos, sobretudo de jovens menores de 16 anos.
Estes trágicos acontecimentos não seriam possíveis sem a protecção escandalosa dos EUA e a cumplicidade da União Europeia, em relação a Israel e à sua política de sistemática repressão e opressão do povo palestiniano.
Sem a solução justa e duradoura do conflito no Médio Oriente que consagre a existência do Estado da Palestina soberano com Jerusalém como capital, a retirada de Israel de todos os territórios árabes ocupados e o regresso dos refugiados ou a sua devida compensação conforme as resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança, são previsíveis novos e sangrentos confrontos.
O PCP denuncia esta escalada repressiva do governo israelita e apela a que os portugueses manifestem o seu repúdio por tão sangrenta repressão.
O PCP confirma a sua solidariedade à OLP e ao povo palestiniano, à sua luta libertadora e considera que o governo português deve tomar firme posição de condenação destas acções.