Este contacto com os trabalhadores da Eugster & Frismag foi uma recepção animada, viva, calorosa. Um contacto com os nossos, um contacto com esta gente que cria a riqueza todos os dias, esta gente que faz o país andar para a frente.
É com este esforço e com este trabalho que o país anda para a frente. E é gente que merece respeito, que merece dignidade, que merece uma vida melhor, para isso também é preciso que tenha direito a mais salários e melhores condições de trabalho.
E aquilo que se passa nesta empresa é o que se passa em muitas empresas do nosso país, que é uma necessidade urgente do aumento dos salários e de uma luta organizada dos trabalhadores nesse sentido e nessa justa exigência.
É esta experiência que está aqui também de organização, de resposta, de mobilização, que é preciso multiplicar e levar para mais longe. E há também aqui outra questão, também algo transversal noutras empresas do nosso país, que é o conjunto significativo de trabalhadores que trabalha aqui todos os dias, que entra aqui todos os dias de manhã e sai ao final do dia, fazem o mesmo que todos os outros trabalhadores fazem, fazem falta todos os dias e mesmo assim não são trabalhadores efectivos da empresa, são contratados, subcontratados, temporários, um problema que também é necessário resolver, e ouvimos aqui a voz da boca duma trabalhadora exactamente esse problema.
Viemos aqui para fazer esse contacto, mas também para manifestarmos a nossa solidariedade com a luta deles, que é a luta de todos os trabalhadores, e o nosso compromisso e o nosso empenho essa luta e essa justa luta num momento em que se discute por aí com muita gritaria e muita berraria coisas paralelas, quando aquilo que si impõe é atacar a realidade, e a realidade é exactamente esta.
Respeitar quem trabalha, aumentar os salários, responder ao aumento do custo de vida e travar o aumento do custo de vida nomeadamente com a fixação dos preços dos bens essenciais.
Hoje foi aqui e amanhã será noutra empresa, que é este o nosso compromisso.