Sr.ª Ministra do Ambiente e Energia,
Crescem a perplexidade e a revolta com a eventual fusão do Instituto de Conservação da Natureza com a Agência Portuguesa do Ambiente e sabe-se lá com que organismos mais.
Essa fusão agravará ainda mais o afastamento do ICN das áreas protegidas e das populações que nelas resistem, mas especialmente a gritante falta de resolução dos problemas – das espécies invasoras à falta de diretores próprios, passando pela ausência ou pela insuficiência de técnicos e outros profissionais.
Senhora ministra,
Confirma que o ICNF e a APA ou outros organismos vão ser fundidos?
Que estudos prévios e que consultas foram feitos?
Que participação tiveram as organizações de trabalhadores, de defesa do ambiente e as associações profissionais e científicas da área?
É conhecida a importância da regulação dos mercados de energia e de gás natural e a existência das tarifas reguladas.
O Governo é omisso nesta matéria, desconhece-se o que pretende fazer.
Mas antevemos que se prepara para mais uma machadada num dos poucos instrumentos regulatórios que ainda sobra, deixando milhares de famílias nas mãos da acumulação de lucro pelos monopólios do sector.
Anunciam-se – e o Relatório faz referência a avultadíssimos investimentos no sector elétrico.
Quem vai pagar?
O Orçamento do Estado e os consumidores?
Ou os lucros milionários das empresas monopolistas?







