O País, a vida de quem trabalha e de quem trabalhou não pode continuar tal como está.
É preciso travar o rumo em curso dos sacrifícios da maioria para que um punhado de grupos económicos e multinacionais continuem a concentrar e acumular cada vez mais riqueza.
As eleições de 18 de Maio podem, e devem, ser uma oportunidade para, com mais força à CDU e à política alternativa, contribuir para a resolução dos problemas que aí estão.
Uma opção que está nas mãos dos trabalhadores e do povo, de cada um que aspira a uma vida melhor.
É urgente travar uma situação onde os salários não chegam ao final do mês, em que o custo de vida não pára de aumentar, a habitação que se torna em muitos casos impossível de alcançar, com rendas e prestações insuportáveis, é urgente travar as crescentes dificuldades de acesso a cuidados de saúde, a degradação do SNS e do conjunto dos serviços públicos.
O País não suporta mais a mistura entre interesses privados e funções governativas, desde logo do Primeiro-Ministro.
O País não avança com a submissão do poder político ao poder económico, com a promiscuidade que lhe está aliada e com uma política determinada em função dos seus interesses.
Uma política que é a grande instigadora do tráfico de influências e da corrupção.
Uma política geradora de injustiças e desigualdades, que empurra mais de 2 milhões de pessoas, incluindo milhares de crianças, para a pobreza, que leva a que perto de 3 milhões de trabalhadores leve para casa menos de mil euros de salário, mais de um milhão de reformados tem de gerir as suas vidas com menos de 500 euros de reforma ou pensão, enquanto a maioria vive com dificuldades crescentes, 19 grupos económicos encaixam 32 milhões de euros de lucros por dia.
O País não pode estar nas mãos dos interesses económicos e das multinacionais, não pode continuar submisso às imposições externas.
Esta política, independentemente de quem a realize, não serve ao País e é urgente ser travada pelo que já concretizou e pelo que ambiciona concretizar, com o assalto à Segurança Social, alterações à legislação laboral, privatização da TAP, destruição do SNS, com o anúncio da entrega de cinco hospitais e 174 centros de saúde a grupos privados.
O retrocesso do País e a vida difícil da maioria demonstram que não basta derrotar os governos ao serviço do grande capital, é preciso derrotar a sua política e abrir um novo rumo de defesa dos interesses nacionais, com os trabalhadores, as populações e a juventude no centro da sua acção.
O País precisa de mais salários, mais pensões, mais profissionais de saúde, mais creches, lares e casas para viver, não precisa de esbanjar dinheiro e recursos na corrida aos armamentos e para a guerra.
O PCP sublinha e saúda a luta dos trabalhadores, das populações e de diversos sectores. Uma luta determinante para a defesa e conquista de direitos, que obrigou e obriga a assumir compromissos políticos.
O PCP apela à intensificação dessa luta até às eleições, nas eleições e para lá das eleições.
Desmascarando a propaganda e a política dos sucessivos anúncios, a estratégia de vitimização e o atoleiro em que o Governo se enterrou, o PCP e a CDU centrarão o debate da batalha eleitoral nos problemas concretos dos trabalhadores e das populações que exigem respostas.
Ruptura e alternativa. Ruptura com este caminho em que os grupos económicos dominam esferas da vida nacional, ruptura com a promiscuidade e a corrupção, ruptura com o militarismo e com a guerra.
Alternativa pelos salários, pensões, pelo SNS, acesso à habitação, pelos os direitos das crianças e dos pais, pela paz e pela vida melhor a que todos têm direito.
O PCP levará por diante um desfile no próximo dia 25 de Março, em Lisboa, dando expressão à acção nacional que tem em marcha “Aumentar salários e pensões, para uma vida melhor”. Uma acção de contacto, esclarecimento, mobilização e com a assinatura de milhares de pessoas na exigência dos seus direitos.
A CDU está preparada para enfrentar as eleições legislativas e de se afirmar como a força unitária e popular ao serviço e só ao serviço dos trabalhadores, do povo e da juventude.
A força de firmeza, de coragem e com opções claras. Seja qual for o cenário pós-eleitoral, é na CDU, nos seus votos e deputados que residirá, tal como acontece hoje, a força determinada de combate e de construção, de denúncia e das soluções, a força da convergência e da esperança.
A CDU está empenhada na construção das listas com o objectivo de reforçar ainda mais a presença de mulheres e jovens, mas também com candidatos sem filiação partidária e apresentará até 27 de Março o conjunto dos primeiros candidatos dos 22 círculos eleitorais.
Já no dia 8 de Abril será apresentado o compromisso eleitoral onde se avançarão o conjunto de propostas e soluções que respondam à melhoria das condições de vida a ao desenvolvimento do País.
O PCP regista a realização de inúmeras acções e iniciativas do PCP e da CDU, uma forte dinâmica de contacto, esclarecimento e mobilização que traduzem uma ampla iniciativa e um sentimento de confiança.