Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sras. e Srs. Deputados,
Pressão, chantagem, manobras até à última hora, tudo valeu neste debate.
A moção de confiança é uma fuga em frente, face à existência de conflito de interesses no exercício de funções pelo Primeiro-Ministro, embora se recuse a reconhecer, para fugir às suas responsabilidades e para evitar que se retirem as devidas conclusões.
Socorreu-se mais uma vez da propaganda para ocultar os interesses que o Governo serve, e não são os do povo, nem do País, mas sim os dos grupos económicos e das multinacionais, os tais que acumulam lucros recordes, porque a esmagadora maioria das famílias vive com mais dificuldades.
Faz sempre questão de demonstrar o profundo desprezo:
Pelos trabalhadores e os reformados, cujos salários e pensões não dão até ao fim do mês;
pelos jovens que não conseguem sair da casa dos pais;
pelos utentes que aguardam de madrugada ao frio e à chuva por uma consulta;
por quem teve de sair de casa porque a renda duplicou ou por quem procura e não encontra casa que consiga pagar.
Este Governo e a sua política estão a mais.
O que as pessoas querem é uma política alternativa que garanta uma vida digna, educação, saúde, habitação, justiça e paz.