Camaradas, uma saudação do distrito de Braga ao XXII Congresso, com votos de bom trabalho e de sucesso nas próximas lutas!
Chegamos ao nosso congresso, tal como o Secretário-Geral referiu recentemente, também em Braga, deu uma trabalheira desgraçada. Valeu a pena o esforço de envolvência dos militantes respondendo à chamada do Partido para a construção das teses, com dezenas de reuniões e Assembleias Plenárias, num esforço para reunir o mais abaixo possível, tendo sido possível reactivar algumas organizações base.
O distrito de Braga é o 4º distrito mais populoso, com cerca de 855 mil habitantes., composto por 14 concelhos. É um distrito heterogéneo que vai desde as praias de Esposende às serras do Geres e da Cabreira no interior, a norte zona mais rural onde a agricultura e a pecuária tem maior presença, e ao sul zona profundamente industrializada. Estão bem presentes décadas de políticas de direita e as suas consequências negativas.
Os baixos salários são uma realidade, onde o Salário Mínimo Nacioanal é a referência. Para esta realidade em muito contribui a realidade do sector têxtil. Sector este que todos os anos tem batido recordes, continuando os trabalhadores em média a receber o mínimo, trabalhem à 5 ou à 40 anos.
Tardam investimentos fundamentais como a nova ala de cirurgia no Hospital de Braga, a ligação ferroviária Braga – Guimarães e a intermodalidade tarifária.
As políticas de sucessivos governos PSD/CDS e PS não respondem aos problemas. Os horários desregulados impedem a fruição da vida familiar. E o que é que fazem? Creches abertas 24h!!! Em Braga, abriu recentemente uma assim! Cuja construção e funcionamento dependem de financiamento público! Uma vergonha!
Camaradas,
Os problemas dos trabalhadores e populações vão-se agudizando, contudo a luta vai-se desenvolvendo também. Sublinho algumas das mais recentes realizadas por melhores salários e condições de trabalho: na Amtrol-Alfa, Olicargo, SCHNELLECKE, cutelarias, Apptiv, Bosch, grande distribuição, sector social, Resinorte, administração pública, ou na TUB.
Para reforçar a luta importa reforçar o Partido, nomeadamente nas empresas e locais de trabalho, com a criação ou reactivação de mais células, este trabalho sendo essencial e prioritário ainda precisa de muitos passos em frente. O trabalho realizado desde o último congresso, sendo insuficiente, não deixou de dar alguns passos positivos, como por cá o funcionamento regular da célula na Continental ou a criação da célula da Câmara de Guimarães.
Este é um trabalho meticuloso em constante construção e reconstrução, que exige sensibilidade, insistência e persistência, mas que dá resultados e traz mais prestígio ao Partido. E quando a célula é criada e cumpre com o seu propósito, eleva o patamar do partido na sua intervenção, mas também na organização e luta dos trabalhadores, e assim o Partido deixa de “ir” à fábrica ou empresa para lá estar implantado e organizado.
No que toca às organizações locais, onde a maior parte dos militantes estão organizados, coexistem realidades distintas de concelho para concelho.
No que toca ao trabalho de responsabilização de quadros deram-se passos em frente com a responsabilização de um número importante de camaradas, revelando potencialidades ainda não plenamente aproveitadas. Esta é uma orientação que precisamos necessariamente levar mais longe.
No que diz respeito à política de fundos, dizer que se realizou um trabalho persistente para a melhoria da situação financeira, com mais camaradas aderiram ao débito directo.
Na Campanha Nacional de contactos temos conseguido superar os objectivos establecidos. Destaco a realização de acções de recolha em 44 empresas e 28 locais de concentração, em 13 dos 14 concelhos. Tão importante como a recolha das assinaturas tem sido a capacidade de ganhar mais camaradas para um estilo de trabalho que valoriza o contato direto e a presença de rua.
Camaradas,
Cá estamos uma vez mais a afirmar os nossos valores e a nossa identidade, mas também o nosso comprometimento e propósito com a classe operária e os trabalhadores, ansiando pelo fim da exploração do homem pelo homem e a construção de uma sociedade socialista. E tal como Álvaro Cunhal escreveu no “Rumo à Vitória” depois validado no sexto congresso do Partido, “ saibamos organizar e saberemos vencer”
Viva a JCP!
Viva o Partido Comunista Português!