Intervenção de Ricardo Brites, Secretariado da Direcção da Organização Regional de Viseu, XXII Congresso do PCP

A Organização Regional de Viseu

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Camaradas,

Em nome dos comunistas do distrito de Viseu, saúdo o XXII Congresso do nosso Partido que, pela sua força e combatividade, reflecte a coragem e iniciativa da luta que travamos por uma vida melhor para o nosso povo.

Após o último Congresso, a Organização Regional de Viseu realizou a XII Assembleia Regional e várias Assembleias Concelhias. Trabalho integrado no normal funcionamento do partido, que se traduziu num amplo processo de discussão das linhas e tarefas prioritárias ao seu reforço.Contribuiu para avançar na estruturação do trabalho, permitiu a responsabilização de dezenas de quadros por tarefas de carácter regular e permanente, imprimiu outra regularidade no funcionamento dos organismos, direcionando o conhecimento da realidade para o desenvolvimento da luta.

Luta desenvolvida sob múltiplas formas e com diferentes graus de participação de que se destacam o abaixo-assinado pela reabertura dos museus municipais aos domingos e feriados em Viseu, a concentração no Centro de Saúde de Mangualde pelo alargamento do horário, o Buzinão e concentração pela contratação de mais médicos no SUB de São Pedro do Sul, a luta dos moradores da Lobagueira contra as linhas de muito alta tensão, a marcha lenta pela abolição das portagens, a luta pela requalificação do IP3, o almoço à porta do Santander contra o aumento do custo de vida.

Luta desenvolvida também por outras estruturas unitárias, onde a participação dos comunistas foi determinante na sua dinamização, como as lutas pela Paz, as jornadas do 1º de Maio em Mangualde, Lamego e Viseu, as comemorações da Revolução de Abril, com particular destaque à manifestação e concentração nos 50 anos, a luta dos professores que levou 2500 ao Rossio em Viseu, a luta dos trabalhadores da SUCH no Hospital de Viseu por melhores salários, a luta contra o encerramento da urgência de Pediatria na ULS de Dão-Lafões, ou a tomada de posição pública de dezenas de democratas contra um Museu em Santa Comba Dão.

Aliando o conhecimento da realidade e dos problemas da região à intervenção do Partido no plano institucional, foi possível criar melhores condições para o desenvolvimento da luta. Assim é em Queimada, onde hoje os beneficiários do regadio têm melhores condições para prosseguir com as suas reivindicações, assim é na Lapa do Lobo onde se vai avançar com um abaixo-assinado pela construção da passagem pedonal na linha da Beira Alta, assim é em Pindelo dos Milagres, afectada pelos incêndios, onde o contacto com vários produtores florestais prestigiaram o Partido, deixando-nos em melhores condições de intervir, assim foi na Sasal Faurécia onde a presença do nosso deputado ao PE foi o mote para se repor o horário do transporte dos trabalhadores.

Um partido virado para fora, ligado às populações e aos trabalhadores, é fundamental para o alargamento da sua influência. Mas um partido que também não olha para dentro e não cuida da sua organização não será capaz de ser o instrumento que o nosso povo precisa para um futuro melhor.

No quadro da actual ofensiva ideológica, nas condições difíceis em que o Partido intervém, integrando as linhas de trabalho da Assembleia Regional nas conclusões da Conferência Nacional, esse é um caminho com aspectos positivos que importa valorizar, nomeadamente, a produção de conteúdos para as redes e sua gestão e a produção de propaganda física, a integração dos novos membros do partido com a sua responsabilização, o envolvimento de membros do partido ligados a diferentes áreas da cultura e a constituição de um colectivo para esta frente, a planificação mais alargada e integrada da actividade do Partido na região, a dinamização dos CTs de Viseu e Lamego, este último com a realização de obras, o trabalho cuidado, rigoroso, responsável, sistematizado e regular das questões financeiras, o acompanhamento ao trabalho dos eleitos e ao trabalho sindical.

Há aspectos positivos no desenvolvimento do trabalho do Partido no distrito de Viseu, contudo, há também aspectos que importa melhorar. É necessário concretizar as Assembleias de Organização onde ainda não se realizaram, responsabilizar mais quadros, elevar a militância e participação dos menos activos, concretizar o funcionamento regular das células de empresa e de local de trabalho criadas e criar novas células, elevar significativamente o número de camaradas a pagar quotas, actualizar rapidamente o ficheiro, reforçar a ligação aos homens e mulheres que não têm filiação partidária e que connosco trabalham.

A intervenção dos comunistas no Distrito de Viseu pauta-se pela firmeza ideológica, muitas vezes combatendo receios, medos e preconceitos. O isolamento do território dificulta a intervenção colectiva, mas a experiência dita que não tem que ser assim, que existem potencialidades se não ficarmos nas encolhas e com ousadia tomarmos a iniciativa, à porta da empresa, na dinamização do CT, nos comícios de bairro, na responsabilização de quadros, no alargamento da discussão colectiva e no envolvimento dos democratas da região.

Viva o XXII Congresso do PCP!
Viva a JCP!
Viva o Partido Comunista Português!

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