Sra. Zaharieva, as políticas que aqui têm defendido têm vários problemas.
Elas acentuam os desequilíbrios entre países no nível de desenvolvimento científico e tecnológico, no acesso a fundos europeus e na capacidade de atração e fixação de cientistas e investigadores, acentuam a concentração dos fundos europeus num número reduzido de beneficiários de grande dimensão, continuam a olhar para a ciência e a investigação em função da capacidade de gerarem lucros para as grandes empresas multinacionais e não como instrumentos de resposta a problemas sociais.
O que quero pedir-lhe é uma resposta a três propostas alternativas.
Primeiro, dar prioridade a políticas de apoio aos países em situação de maior atraso científico e tecnológico.
Segundo, criar políticas de apoio a redes públicas de ciência e tecnologia que tenham como prioridade o desenvolvimento nacional e a resposta a problemas sociais.
Terceiro, apoiar políticas nacionais de valorização dos cientistas e investigadores, das suas carreiras profissionais, das suas condições de trabalho e da sua fixação em territórios de menor desenvolvimento científico e tecnológico.