Sobre a proposta da realização de uma sessão com o Presidente da Ucrânia na Assembleia da República.
A realização de sessões com intervenção de chefes de estado na AR, ao longo dos últimos anos, têm sido muito limitadas e têm sido sempre na sequência da realização de visitas institucionais ao nosso País, que neste caso concreto não ocorre.
Para além disso, a Assembleia da República, enquanto órgão de soberania, não deve ter um papel para contribuir para a escalada da guerra, para contribuir para a confrontação ou corrida aos armamentos mas sim o oposto, o papel da Assembleia da República deve ser em defesa da Paz.
O papel da Assembleia da República deve ser encontrar uma solução negociada para a resolução deste conflito e para o desarmamento e a proposta que está em cima da mesa não vai ao encontro desses objectivos e daí o PCP não ter acompanhado a proposta.
E queria deixar uma questão muito clara, da parte do PCP toda a solidariedade com as vítimas da guerra da Ucrânia, uma guerra, que já tem 8 anos, e que nunca devia ter começado.
Aquilo que importa neste momento é a defesa da Paz.