Camaradas,
Começo por falar-vos da intervenção das células do Partido no Aeroporto de Lisboa.
O processo de privatização da ANA e de parte da TAP, a crescente precariedade, nomeadamente nas empresas de assistência em escala e na Prosegur, a falta de trabalhadores e de investimento perante o aumento da operação, a falta de condições laborais, os baixos salários e os horários desregulados em muitos sectores – é este o panorama geral de quem trabalha hoje no Aeroporto de Lisboa.
Não foi indiferente para estes trabalhadores a presença e prestação de solidariedade do Partido nas várias acções de luta que dinamizaram; a tomada de posição sobre os problemas das várias empresas e sobre o Aeroporto; a constante propaganda e contacto junto dos trabalhadores; o exemplo de militantes no local de trabalho.
Não foi indiferente ainda a intervenção do Partido sobre os seus problemas na Assembleia da República e no Parlamento Europeu e a tomada de posição: contra a privatização da TAP e da ANA, contra o objectivo da UE de impor o «céu único»; as perguntas dirigidas ao Governo sobre problemas dos trabalhadores; audições; o projecto de Resolução sobre a Assistência em Escala para travar o processo de liberalização; ou o projecto de lei para garantir melhoria de condições aos assistentes aeroportuários.
Com tudo isto foi possível trazer mais trabalhadores do Aeroporto ao Partido. No decorrer da campanha dos 5000 contactos, de uma lista de 51 trabalhadores, fizeram-se até agora 21 conversas e recrutaram-se 12 trabalhadores. Outros ficaram disponíveis para receber a nossa informação. Estes recrutamentos, sendo integrados na dinâmica do Partido, permitiram a criação de mais uma célula no Aeroporto, a célula dos assistentes aeroportuários, trabalhadores da Prosegur que zelam pela segurança da aviação civil. Permitiu ainda reforçar de forma significativa a célula da SPDH/Groundforce, e ter pontas e militantes em empresas onde a repressão liquidara a célula do Partido, como é o caso da Portway.
A vinda destes novos militantes, para além das conversas, teve como elemento essencial a presença e o património de intervenção do Partido junto daqueles trabalhadores e perante os seus problemas.
Este é património de trabalho que contribuirá para as batalhas eleitorais que se avizinham, tarefa que tem que ser integrada em todo o trabalho do Partido. São mais vozes que poderão levar aos seus colegas de trabalho as propostas do PCP e da CDU e transmitir a importância do voto na CDU para, a par da luta dos trabalhadores e do povo, dar voz aos seus problemas. E que a CDU é a única força nas eleições que está em condições de cumprir esse objectivo e de se bater por propostas que salvaguardem e ampliem os seus direitos, como tem vindo a demonstrar.
Para isso vamos, desde já, discutir, planear e envolver o máximo de camaradas e amigos em acções de contacto com os trabalhadores que divulguem o projecto da CDU; na distribuição de propaganda nas empresas; na promoção de outras acções de campanha, como visitas de deputados aos locais de trabalho ou reuniões com organizações representativas dos trabalhadores; assim como avançar com a recolha de apoiantes da CDU, chegando o mais longe possível no comprometimento de trabalhadores e alargamento desta frente, que é também de luta!
Levar longe a afirmação do projecto da CDU nas empresas e locais de trabalho será um meio privilegiado para potenciar o reforço do Partido e da luta dos trabalhadores.
Vamos com toda a confiança e determinação criar dinâmica nas células para transmitir em grande escala aos trabalhadores que nas eleições só há uma força que os defende: a CDU!
Viva a CDU
Viva a JCP
Viva o PCP