Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Jantar-Comício

"O PCP continuará a bater-se pelos objectivos que considere necessários e indispensáveis para o País"

Áudio

[Excerto]

Nos próximos meses, no quadro da sua acção política, seja no âmbito do próximo Orçamento do Estado, seja no plano da sua intervenção política e institucional, o PCP continuará a bater-se pelos objectivos que considere necessários e indispensáveis para o País, com destaque para proposta de aumento extraordinário das reformas e pensões não inferior a 10 euros, quer para as pensões mais baixas, quer para as restantes, visando a reposição das parcelas de rendimento perdidas nos últimos quatro anos:

- Contra a precariedade e todas as formas de exploração, pela revogação das normas gravosas da legislação laboral, pelo descongelamento das carreiras e a devolução de direitos dos trabalhadores da Administração Pública, na exigência do aumento dos salários, designadamente do salário mínimo nacional para 600€ a partir do início do próximo ano;

- pelo aumento do número de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais e pela melhoria de condições no Serviço Nacional de Saúde;

- pela gratuitidade dos manuais escolares no ensino obrigatório, fixando-a já no próximo ano para o 1º ciclo do ensino básico;

- por mais e melhor Segurança Social com a melhoria das prestações sociais, alargando as condições de acesso, designadamente ao abono de família, de protecção às pessoas com deficiência, em situação de desemprego ou de pobreza;

- contra as injustiças no sistema fiscal, combatendo os privilégios dos grupos económicos, tributando o património mobiliário e o grande património imobiliário e de luxo, aliviando os impostos sobre os trabalhadores, o povo, as micro, pequenas e médias empresas;

- em defesa da produção nacional, por uma política que promova e reforce o investimento público orientado para o crescimento e emprego, com políticas que defendam a agricultura, as pescas e a indústria e que garantam o acesso ao crédito e apoios públicos a milhares de micro, pequenas e médias empresas;

- em defesa da língua e da cultura portuguesas, pelo reforço dos apoios à actividade artística e cultural, pela dignificação do serviço público de rádio e televisão;

- contra a privatização do Novo Banco e para defender a Caixa Geral de Depósitos enquanto banco público, reforçando a sua intervenção e estrutura, servindo as populações e a economia nacional, respeitando os trabalhadores e os seus direitos. Direitos que todos os dias são desrespeitados, como vamos vendo com o anúncio de milhares de despedimentos em todos os bancos!

Sim, não vamos desistir na luta pela melhoria das condições de vida do nosso povo e pelo desenvolvimento do País!

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