O PCP tomou conhecimento de dois documentos distribuídos na noite do dia 7 para 8. Um assinado por um grupo de oficiais, outro pelo Secretário-Geral do Partido Socialista. Distribuídos à pressa nas vésperas da apresentação do novo governo, essas iniciativas visavam manifestamente tentar ainda evitar, à ultima hora, a sua formação e posse.
O PCP considera que, na gravíssima crise que se atravessa, em que estão ameaçadas as liberdades pela ofensiva contra-revolucionária e a acção terrorista de bandos fascistas, tais atitudes tendentes a complicar ainda mais a situação em nada contribuem para a solução dos problemas que defronta a revolução portuguesa.
São de combater iniciativas de divisão das forças populares e militares, e de criação de um vazio político e de um ambiente de desordem generalizada.
Nesse sentido são de reprovar também inteiramente as manifestações convocadas para hoje, sexta-feira, dia 8, cujo objectivo é complicar ainda a solução da crise e cujo resultado será apenas o de incitar a continuarem a ofensiva as forças contra-revolucionárias.